O acompanhamento de indicadores de gestão de pessoas, como o turnover e a taxa de absenteísmo, é outra maneira eficiente de medir os resultados. Ao comparar os números com períodos anteriores, é possível identificar se as melhorias estão promovendo benefícios. Outro grande desafio é impedir que as mudanças sejam esquecidas ou não implementadas de maneira adequada devido à agilidade da rotina diária. A equipe pode facilmente se esquecer de seguir práticas favoráveis ao empoderamento de colaboradores por conta do foco em entregar a maior quantidade de tarefas possível. Por isso, encorajar a comunicação aberta e honesta, em que todos os pontos de vista são ouvidos e respeitados, é fundamental. Os líderes devem demonstrar abertura, transparência e empatia para com os colaboradores.
Quando falamos abertamente sobre como nos sentimos, entendemos melhor as reações dos outros e evitamos mal-entendidos. Assim, formamos um ambiente empático, no qual as pessoas se sentem à vontade para expressar suas emoções. Em uma equipe que promove a segurança para aprender, os líderes encorajam a exploração e valorizam o aprendizado a partir dos erros. Após um projeto que não saiu como esperado, por exemplo, a equipe se reúne para discutir o que deu errado e o que pode melhorar, sem apontar culpados. Aristóteles dizia que o todo é maior do que a soma de duas partes, e a pesquisa parte dessa premissa.
Criar ambientes onde os membros da equipe se sentem respeitados e têm permissão para pensar e crescer. Clark enfatiza que a segurança psicológica não é caracterizada por medo ou ansiedade. Ao ter medo de falar, cometer erros ou expressar suas ideias, isso indica falta de segurança psicológica. Alguns líderes não estão dispostos a conceder autonomia aos seus colaboradores por insegurança, preconceito ou falta de vontade de ver os outros terem sucesso. No entanto, ao reter este investimento em outras pessoas, estes líderes prejudicam o desempenho da sua equipe e comprometem o seu próprio sucesso.
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O objetivo é que todos se sintam confortáveis em usar suas habilidades e experiências para aprimorar processos. É muito importante promover uma cultura em que o feedback seja visto como uma oportunidade de aprendizado e crescimento, não como crítica pessoal. O último estágio é marcado pela segurança que os colaboradores possuem em poder desafiar a realidade do ambiente laboral. Ao proporcionar um local de trabalho inclusivo, constrói-se a base para os demais estágios, já que se estabelece um ambiente laboral onde as pessoas se sentem confortáveis para se envolver. 4- Estágio da Segurança do Desafiador, o último e mais difícil estágio de ser colocado em prática em nossas unidades sociais, principalmente no trabalho. Esta dificuldade se deve ao fato de que o nível mais alto de segurança psicológica substitui o que normalmente seria habitado pelo maior medo.
“Para que eu me sinta confortável para desafiar ideias, preciso ter certeza de que não serei punido e que o respeito mútuo é a base do diálogo. Além disso, é importante que haja confiança entre as pessoas para entender que estamos desafiando e debatendo ideias, e não confrontando indivíduos”, ressalta. “Por isso, é interessante avaliar equipe por equipe para entender quais os estágios em que cada time se encontra. A partir daí, é possível determinar as melhores intervenções e entender o que é realmente necessário fazer de acordo com o grau de segurança psicológica de cada área”, aconselha.
Para você ter uma ideia, de acordo com o Projeto Aristóteles, do Google, a segurança psicológica é o principal fator para a alta performance de uma equipe. Além disso, 89% dos profissionais que participaram de uma pesquisa da McKinsey disseram que consideram a segurança psicológica algo fundamental no ambiente corporativo. Isso quer dizer que as organizações devem manter um equilíbrio, permitindo que todos os colaboradores possam se expressar, mas ressaltando que nem todas as suas ideias serão acatadas. Nova NR-1 Estar psicologicamente seguro dentro de uma empresa também tem como desdobramento fazer com que o colaborador resolva a sua necessidade básica de fazer alguma diferença no mundo. Isso estimula as pessoas a utilizarem as suas habilidades e competências para contribuir de forma significativa com a busca por melhores resultados.
Diversas pesquisas globais comprovam que a segurança psicológica traz benefícios bastante relevantes para a sustentabilidade e a competitividade das empresas. Por outro lado, promover o engajamento exige demonstrar-se parceiro dos colaboradores e desenvolver uma postura colaborativa. Quanto mais próximo e acessível o líder for, mais a equipe se motivará e “comprará” as ideias da gestão. Essa atualização amplia o escopo do PGR, que passa a englobar os riscos psicossociais com o mesmo rigor aplicado aos riscos físicos, químicos e biológicos, exigindo das empresas planos de ação efetivos para prevenção e mitigação desses fatores. Recentemente, a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) trouxe novas diretrizes para a gestão desses riscos, destacando a importância de identificar, avaliar e mitigar os fatores psicossociais no ambiente laboral.
Entender as diferentes responsabilidades nesse processo
Em geral, quanto maior a noção de segurança psicológica entre a equipe, melhor a saúde geral (principalmente a emocional) dela. Isso porque, uma saúde mental estável depende de um ambiente com segurança psicológica. Após conhecer melhor essas particularidades de cada pessoa, torna-se mais simples o desenvolvimento de estratégias que viabilizam um meio de trabalho saudável. Além disso, a “intimidade” que a colaboração proporciona também é um fator que pode contribuir para que os profissionais se sintam livres a se expressar. Como abordamos anteriormente, a empresa deve cuidar para que as pessoas do time realmente entendam a importância da segurança psicológica, como promovê-la e seu impacto no dia a dia. Inclusive, muitas empresas podem ficar receosas em relação a implantar a segurança psicológica, pois parece que ela “abre” espaço para erros, mas muito pelo contrário.
Ao mesmo tempo, o atrito social que inibe os esforços de colaboração ou gera o receio da retaliação deve ser minimizado. A segurança psicológica consiste em oferecer um ambiente de trabalho saudável para que os colaboradores exponham suas ideias e habilidades sem preocupações. Além disso, é um dos pilares para que empresas alcancem a inovação e o alto desempenho. Por fim, a segurança psicológica também ajuda as pessoas com as suas necessidades de melhorar as coisas. Isso as incentiva a falar e a desafiar os costumes, regras e processos internos, desde que tenham percebido uma oportunidade para mudar ou melhorar esses elementos. Diante disso, o colaborador se sente seguro para dizer o que pensa, expor problemas, sugerir alterações, identificar a necessidade de mudanças e propor novas soluções.
Por que a segurança psicológica é importante no trabalho?
Como toda e qualquer mudança, não é do dia para noite, leva um tempo, por isso é importante começar aos poucos ao criar uma sensação de segurança psicológica. Criar um ambiente onde os colaboradores participam sem medo os ajuda a conectar o intelecto às emoções, estimula a curiosidade e aumenta a confiança. No curso Segurança Psicológica você encontra mais informações de como medir o nível de segurança psicológica a partir destas cinco perguntas e como o nível de satisfação no trabalho é afetado por ela. Clark, por exemplo, observa que as organizações sem segurança psicológica correm o risco de estagnação ou declínio, especialmente em mercados competitivos. Você pode saber mais sobre o tema no artigo Guia para te ajudar a criar a cultura de feedback na sua empresa.
Isso porque, apesar dos benefícios que esses regimes de trabalho podem oferecer, eles também dependem de uma revisão da empresa sobre sua cultura e práticas adotadas. Além disso, evita-se conflitos, porque antes de adicionar sua perspectiva à discussão, busca-se entender o outro. Valorizar a diversidade de pensamento e de experiências, promovendo um ambiente inclusivo onde todos se sintam parte da equipe. Assim, uma das formas mais práticas de fazer isso é por meio de pesquisas específicas entre os funcionários.
No entanto, enquanto a implementação pode variar, o valor fundamental de criar um ambiente onde as pessoas possam ser elas mesmas e expressar suas opiniões abertamente é universal. Muitas vezes o caminho para solucionar problemas de comunicação e promover um ambiente psicologicamente saudável é a escuta, não a fala. A dificuldade se deve ao fato de que os líderes das equipes são os principais responsáveis pela construção de um meio acolhedor. Caso alguma liderança esteja desalinhada a esse propósito, parte do time não se sentirá seguro em compartilhar ideias. Dessa forma, é possível que as empresas criem um ambiente onde a segurança psicológica seja não apenas valorizada, mas uma parte integrante da cultura organizacional.