Por isso, os pais já são os professores mais naturais, independentemente de qualquer tratamento. Esse interesse restrito é chamado de hiperfoco, e pode ocorrer também com certos objetos. Essas pessoas passam anos se sentindo inadequados à sociedade e sofrem muito sem saber o que acontece com elas.
Teste online de sintomas
Um consenso entre os profissionais indica que é preciso abordar cada uma das características do autismo – como o atraso no desenvolvimento da linguagem ou seletividade alimentar – para que uma melhora global seja notada. “Uma criança ou adolescente com TEA pode ter uma qualidade de vida muito boa e ser feliz, especialmente aquelas do BPC autismo negado nível 1, que estejam em um bom tratamento e vivam em um bom ambiente familiar”, reforça Nitsche. Crianças com autismo leve podem exibir dificuldades na comunicação, como desafios na interação social, interesses específicos e comportamentos repetitivos. O Transtorno de Espectro Autista (TEA) de grau 1 é conhecido como “autismo leve”.
principais sintomas de autismo
Entretanto, o diagnóstico do autismo adulto geralmente acontece porque os sintomas manifestados pelo indivíduo são mais leves. A classificação de graus de autismo não é mais utilizada atualmente, apesar de algumas pessoas ainda utilizarem essa terminologia. Ao invés de classificar por graus, é feita uma avaliação detalhada da intensidade dos sintomas em cada área afetada, resultando em um perfil individual de habilidades e necessidades. Indivíduos com TEA no nível 2 podem apresentar também dificuldades para se adaptar a mudanças na rotina e podem necessitar de apoio extra para lidar com situações sociais mais complexas.
Como confirmar o diagnóstico
A terapia potencializa ainda mais essas descobertas e ajuda a promover uma vida mais saudável. São sintomas leves, caracterizados por dificuldades para começar interações sociais, pouco interesse por socialização, problemas de organização e planejamento e problemas para fazer amizades. Apesar dos sintomas do TEA variarem de caso para caso, no geral são marcados por dificuldades sociais e de comunicação, além de comportamentos repetitivos e estereotipados. Quanto antes for realizado o diagnóstico, mais cedo o transtorno será acompanhado por médicos e psicólogos e a pessoa poderá, com o tempo, amenizar os sintomas e desenvolver as suas habilidades sociais.
Por isso, em caso de suspeita em adolescentes, é recomendado consultar um neuropediatra e, em adultos, um neurologista. É muito comum que crianças com autismo façam birras, chorem muito ou fiquem mais agressivas quando ocorrem mudanças na sua rotina ou no ambiente em que vivem. Essas mudanças podem ser pequenas e nem sempre são claras para os cuidadores, podendo incluir a troca da embalagem do alimento favorito ou fazer trajetos diferentes daqueles acostumados ao sair de casa. A princípio, os autistas podem realizar movimentos, comportamentos e/ou atividades desencadeadas de maneira involuntária e repetitiva. A criança acima de dois anos que não fala palavras ou frases deve receber maior atenção.
Aos 9 meses, o bebê pode não responder às comunicações dos cuidadores, não olhar quando é chamado, não balbuciar sons como “mama” ou “papa” e não olhar para onde o adulto aponta. Além disso, aos 12 meses o uso de gestos ou sua imitação, como dar tchau, bater palmas ou jogar beijo, podem estar ausentes e o bebê não ter iniciado as primeiras palavrinhas. Assim, as dificuldades em comunicação e interação social resultam em dificuldades de socialização e de conexão com os outros, além de também ter movimentos repetitivos e interesses restritivos específicos.
Há uma fixação por determinados objetos, quando estamos analisando os sinais do autismo, de tal forma que a criança passe o dia apenas com aquele brinquedo. A criança neurotípica, entretanto, encerra uma atividade e começa outra sem dificuldade ou choros. A criança neurotípica tem a capacidade de copiar as ações de adultos e colegas. “Na fase da adolescência e adulta, a pessoa com TEA é mais exposta e cobrada sobre as relações sociais mais sutis como, por exemplo, uma gíria usada pelos amigos, uma piada, uma brincadeira onde um tira sarro com outro. Normalmente, também tem dificuldade com sinais sociais na conversação como perceber que sua conversa sobre fatos históricos está chata e as pessoas estão olhando o celular, diminuindo o contato visual”, esclarece Bárbara. Por isso é tão importante encontrar uma equipe multidisciplinar especializada para fornecer intervenções corretas de acordo com a necessidade individual de cada pessoa.
Pessoas com autismo nível 1 (“leve”) geralmente conseguem se comunicar, estudar, trabalhar e lidar com atividades comuns do dia a dia, como atividade de autocuidado. Eles podem viver de forma independente e normalmente como qualquer outra pessoa, muitas vezes, sem precisar de ajuda. Essas medidas irão ajudar a criança a se desenvolver e a interagir melhor com os outros.
É comum que o autista tenha dificuldade de entender outras pessoas, como expressões faciais ou linguagem corporal. Assim sendo, a seguir, veja 14 sinais que são muito comuns em crianças com autismo. Veja bem, são comuns, não significa que todas as crianças apresentarão todos esses sinais.
A conduta indicada vai depender da gravidade do transtorno e da idade da criança, assim como deve ser decidida junto aos pais e compartilhada com a escola. Com o apoio de uma equipe multidisciplinar (diferentes profissionais), a criança pode desenvolver formas de se comunicar socialmente e de ter maior estabilidade emocional. Apesar de alguns genes e algumas alterações estarem sendo estudadas, vale ressaltar que não há nenhum biomarcador específico para TEA. Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. Algumas vezes, os sinais e sintomas passam despercebidos na infância e são apenas identificados em adolescentes ou na idade adulta, quando as responsabilidades escolares, do trabalho e necessidade de independência são maiores. Algumas pessoas com autismo não verbal desenvolvem a capacidade de usar algumas palavras de maneira significativa, mas são incapazes de continuar qualquer tipo de conversa.
Então, o indivíduo é questionado sobre os sintomas que já identificou, problemas relacionados à comunicação e socialização, padrões de comportamento, regulação emocional, entre outros tópicos. Não existe uma regra quando se trata do espectro autista, uma vez que cada caso possui particularidades próprias que precisam ser avaliadas como tal. O termo autismo adulto se refere aos diagnósticos do Transtorno do Espectro Autista (TEA) feitos na vida adulta. Além disso, eles tendem a apresentar um perfil comportamental inflexível e podem ter dificuldades em se adaptar a mudanças, o que pode levá-los a se isolar socialmente se não forem incentivados. Normalmente, possuem uma deficiência mais severa nas habilidades de comunicação, tanto verbal quanto não verbal, e, consequentemente, dependem de maior apoio para se comunicar. Isso pode resultar em dificuldades nas interações sociais e uma redução na cognição.
É muito comum pessoas com autismo apresentarem essas questões sensoriais e se sentirem incomodadas com sons, luzes, texturas, movimentos, toques e sabores. Muitos não conseguem se concentrar na fala e nos olhos das pessoas ao mesmo tempo. Convencida de que era uma adulta com autismo leve, Nicolly passou a compreender que muito do que passou em sua vida tinha explicação.
O tratamento para adultos no espectro autista é geralmente feito com o psicólogo. Além de apresentarem as características já descritas nos níveis 1 e 2, este também é caracterizado por dificuldades significativas de comportamentos repetitivos. Apesar disso, pessoas com TEA no nível 1 geralmente têm habilidades de linguagem e comunicação relativamente intactas e podem se adaptar bem a mudanças na rotina. Ao receber o diagnóstico, muitas vezes o adulto com autismo se sente aliviado por finalmente entender a razão por trás de alguns de seus comportamentos.
Por esse motivo, vários peritos indicam que, caso exista suspeita, se inicie intervenções precoces para a área do comportamento afetada (por exemplo, a linguagem), fundamentais para o desenvolvimento da criança e seu bem-estar futuro. O tratamento para o "autismo leve" pode ser feito através de fonoaudiologia e psicoterapia, por exemplo, que irá ajudar a criança a se desenvolver e a interagir melhor com os outros. Como os sintomas são leves, é comum este grau de autismo ser identificado apenas mais tarde na infância, quando a criança começa a ter maior interação com outras pessoas e a realizar tarefas mais complexas. Na vida adulta, os sintomas dos casos menos severos podem encontrar estabilidade.