Vício em drogas: causas e consequências

O objetivo é sempre ajudar o paciente a alcançar um estado de saúde e bem estar, além disso, se deseja que ele consiga mudar seu estilo de vida no processo. Afinal, conhecendo os sintomas é possível entender se uma pessoa próxima, familiar ou amiga, está sofrendo com a dependência química. Na verdade, essa é um dos pontos mais importantes a respeito do vício em drogas para você saber, junto com os modos de tratamento. Sim, a dependência química é definida pela própria Organização Mundial da Saúde, a OMS, como sendo uma doença crônica que é progressiva, ou seja, apesar de não haver cura, há como controlá-la.

A heroína golpeia os brancos dos EUA

A primeira consulta representa um momento de muitos sentimentos contraditórios para o viciado. Parte da ajuda a um viciado implica acompanhar as suas consultas para que se sinta apoiado, para que não desista de ir a elas e para que, efetivamente, cumpra com as consultas médicas e não se desvie do caminho por causa da tentação. Para quem se identifica com o que foi mostrado no texto ou que conseguem identificar um amigo ou familiar nesse estado, busquem tratamento urgente. Um viciado é escravo de sua própria vontade, sua sede insaciável por mais daquilo e sua busca obsessiva o obrigam a continuar buscando o objetivo de seu prazer, de modo que é triste ver uma pessoa executando as vontades de sua mente tomada. Para tratar um vício é necessário muito mais do que retirar a compulsão e obsessão da pessoa, é preciso entender o que motivou e ocasionou esse vício, assim tratando das raízes.

Os principais desafios que o usuário de drogas enfrenta na reintegração social

Além disso, segundo a OMS o álcool é responsável por 2,6% das mortes no mundo.

Pessoas mais bem-sucedidas do mundo têm esses 3 hábitos

"O que você vê são altos índices de depressão ou ansiedade entre as pessoas que se tornam dependentes de drogas. Mas passa a ser a questão do ovo e da galinha", afirma. O neuroticismo, por exemplo, costuma ser associado a muitas formas de dependência. Ele define até que ponto uma pessoa reage a ameaças percebidas e situações de estresse. O meu maior aprendizado certamente clínica de recuperação de dependentes químicos foi aceitar ser uma pessoa que possui uma doença, mas ciente de que tenho um tratamento. Este aprendizado aconteceu de forma lenta e gradativa, mas foi um alívio e, graças a essa aceitação, finalmente pude abrir minha mente e iniciar minha recuperação." Observe também se você substitui atividades, se você deixa de fazer algo para ficar mais atento ao celular.

Os tratamentos em clínicas de recuperação costumam durar de 3 a 6 meses a depender do modelo de tratamento e do tipo de internação. O tempo ao certo é difícil de definir, pois depende do tipo de tratamento escolhido e também da experiência particular da pessoa. Após o tratamento é necessário manter cuidados específicos e contínuos para que continue distante da vida que tinha enquanto viciado. O vício gera pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos com relação ao objeto do desejo, de modo a comprometer as outras áreas da vida.

O que leva uma pessoa a se viciar em drogas?

Em outro experimento em seu laboratório, os níveis de dopamina nos ratos foram elevados, o que resultou em um enorme aumento no consumo - mas aparentemente sem nenhum aumento no prazer. O próximo grande passo foi a descoberta dos barbitúricos, uma classe de compostos derivados do ácido barbitúrico. Um deles, o ácido dietilbarbitúrico, tinha efeito quase instantâneo. Ação rápida, indutor do sono, sedativo, relaxante muscular, anticonvulsivo e ansiolítico, de 1936 até 1952 a produção do remédio cresceu em mais de 400% nos EUA. Menos de 10 anos depois, em 1960, Nova York registrava cerca de 200 mortes ao ano por conta dos abusos da substância. Entre os mortos pelo uso abusivo dos barbitúricos estão o músico Jimi Hendrix e Marilyn Monroe.

É preciso regulamentar os próprios aplicativos, as próprias empresas, para que depois as coisas cheguem bem ao resto do mundo, sem elementos nocivos ou viciantes. Você também pode aproveitar seu celular para enviar um e-mail sem ter que entrar no computador. Mas não utilize (o celular) durante a refeição ou quando estiver com outras pessoas. Nem quando você trabalha, passa um tempo com os amigos, com seu parceiro ou antes de dormir. Não há ferramentas para educar a população mais jovem, que é quem mais utiliza (essas tecnologias).

O trajeto para passar pelo tratamento contra as drogas é longo, mas possível. É necessária muita força para ficar longe dos estímulos e evitar recaídas. “A dependência química é considerada uma doença crônica, progressiva, sem cura, porém, tratável. Apesar da possibilidade de tratamento, a recaída durante o período de recuperação pode atingir de 40% a 60% dos pacientes. O dependente químico precisa de uma fase terapêutica contínua, a qual proporcionará resultados a longo prazo”, conta a especialista.

O tratamento para o vício em drogas é multidisciplinar, pois exige que o indivíduo seja acompanhado por um médico no período de desintoxicação e tenha apoio de um psicólogo no processo de psicoterapia. A verdade é que sabemos que há drogas que são mais fortes e que, por isso, podem levar menos tempo para causar a dependência química. As pessoas com uma dependência química também sentem-se mais cansadas e sem energia até mesmo para fazer as atividades diárias mais básicas quando não está sob efeito das substâncias. Quando o usuário de drogas começa a ser questionada pela família e amigos a respeito do uso de substâncias ilícitas, esse isolamento é acentuado, pois ela não aceita que tem um problema, além de que pode resultar em episódios de violência. Fabrício Selbmann é psicanalista, palestrante sobre Dependência Química e diretor do Grupo Recanto - rede de três clínicas de tratamento para dependência química e saúde mental, referência no Norte e Nordeste nesse segmento. Isso torna pessoas com vício em drogas extremamente vulneráveis a recaídas.

Os especialistas consultados por Nutt e sua equipe situaram a heroína como a droga mais viciante e lhe deram uma pontuação de 3 em 3. A heroína é um opiáceo que faz o nível de dopamina do sistema de recompensa do cérebro aumentar até 200% em animais de laboratório. Além de ser provavelmente a droga mais viciante, a heroína também é perigosa porque a dose que pode causar a morte é só cinco vezes maior que a necessária para ficar chapado. Existem outros aspectos para medir o potencial de vício de uma droga, e até há pesquisadores que afirmam que nenhuma é viciante sempre. Dada a diversidade de opiniões, uma maneira de classificar as substâncias causadores de vício é consultar grupos de especialistas. Em 2007, David Nutt e sua equipe pediram a diversos especialistas que fizessem uma classificação, e descobriram várias coisas interessantes.